sexta-feira, 26 de agosto de 2016


Coleção de cartão-postal de Joanco

 


Conspiranóicos x conformistanóicos

Os segredos perdidos da arca sagrada, de Laurence Gardner, editora Madras, 2007, tem interessantes teorias sobre a arca da aliança. O termo aliança seria má tradução, significando na verdade presença, testemunho.
O autor concluiu que o faraó Aquenatão e Moisés são a mesma pessoa. Isso lança novas idéias nas peripécias tremendamente rebuscadas da peregrinação no deserto.
O capítulo sobre o ouro é muito interessante. Disse que Moisés derreteu o bezerro de ouro não porque era idolatria mas pra fazer a pedra filosofal, que seria ouro monoatômico de alto espim, um pó branco que ocorre naturalmente em vulcanismo e pode ser sintetizado. Glauder disse que monoatômico não pode ser porque seria muito instável. Teria de ser um estado alotrópico do ouro biatômico.
Albigense (Albi gens) Linhagem dos elfos
Belém (Teth le hem) Casa do pão
Jerusalém (Yuru salém) Cidade da paz
Malauí (hoje predominante o vocábulo inglês Malawi) Cidade dos levitas
Maná (Ma na?) O quê é?
O maná seria a pedra filosofal, pois quando Moisés (Aquenatão) derreteu o ouro fez o pó branco e pôs na água pro pessoal beber.
A pedra filosofal é o elixir da juventude. Dali a lenda da fonte da juventude.
O velocino de ouro na verdade é um texto alquímico. Numa série de erro de tradução o que seria um manuscrito em couro, como os do mar Morto, de Cunrã, se estereotipou à lã e a novelo.
O conceito de Maria como virgem é erro e tradução, pois significaria simplesmente moça e não virgem no sentido atual.
No capítulo falando sobre a linhagem de Jesus quase todas as vezes que aparece a palavra descendência deveria grafar ascendência.
Outra derrapada feia foi no apêndice cronológico, página 294, onde disse:
Egito conquistado pelos romanos. 3000 anos de dinastias faraônicas terminaram com o suicídio de Cleópatra VII em -30.
Mas como?!
Cleópatra VII não era egípcia e sim grega da Macedônia. As dinastias faraônicas havia muito já estavam extintas. Cleópatra VII foi a última governante grega.
Isso me fez me lembrar duma risível declaração de Joãosinho Trinta na era dos campeonatos da escola de samba Beija-flor, que os egípcios eram negros, que Cleópatra era negra…
Temos a efígie de Cleópatra VII em moeda. Muito diferente de Elizabeth Taylor mas não era negra. Tudo bem que os egípcios antigos podem ter sido negros, como já se aventou que os hebreus originais idem, mas Cleópatra está muito mais perto de nossa era que da era faraônica.
Creio que a turma de Moisés aproveitou o cataclismo da chegada de Nibiru, Vênus, pra fugir do Egito. Pois como se explicaria que um bando de pobres-diabos escravos venceram povos já estabelecidos na Palestina?
Segundo Velikovsky, em Mundos em colisão, Vênus chegou como um cometa e se estabilizou na órbita atual mas a aproximação causou muita perturbação gravitacional na Terra. Se a mítica Orelhona veio de Vênus só pode ser do lado de dentro, pois todos os astros são ocos, já que no lado de fora a temperatura é infernal.
Nibiru é Vênus. Tudo o que se fala sobre a perturbação gravitacional que causará à Terra é registro do passado, não profecia. Os arautos do fim-do-mundo agora dizem que um gigantesco Nibiru, além de Plutão, chegará neste começo de século e transtornará a Terra com perturbação gravitacional. Mas como pode viajar tão rápido? E se tem uma estrela anã junto, por quê ela não é vista?
A menos que seja um planeta-espaçonave, como pode ter sido Vênus e a Lua. Uma civilização tecnológica pode ter criado uma técnica pra que um planeta viaje como espaçonave e assim saia da órbita duma estrela moribunda e se estabilize noutra. Mas esse segundo nibiru é de lascar!
É como o Apocalipse, que relata a guerra atômica na antigüidade, copiado do Maabarata da antiga Índia. Mais uma profecia do passado.
Na década de 1970 os franceses eram os reis do realismo fantástico. Jacques Bergier, fundador da revista planeta, e Louis Pauwels, com a obra-prima O despertar dos magos, Jacques Sadoul, Robert Charroux, Roger de Lafforest, Guy Tarade, Jean-Michel Angebert (como Ellery Queen são dois primos, Jean e Michel são irmãos), Robert Ambelain, Jean Sendy… apresentam um enfoque científico ao mundo dos mistérios, diferente da parapsicologia misturada a espiritismo predominante no resto do ocidente. Hoje vemos um bum dos espanhóis, mas em vídeo.
Vicente Fuentes em Ufópolis, José Luis Camacho em Mundo desconocido, o muito jovem Iván Martínez em Gran misterio, David Parcerisa em Rimbel 35 y otros.
São canais iutúbicos dedicados a abordar temas de mistério, enigmas, realismo fantástico. Não são canais didáticos e sim contestadores. Mesmo assim sempre aparece imbecil pra insultar, gente que não sabe discordar sem ofender. Penso assim: Se o sujeito não é teólatra, pra quê vai à missa? Se é adepto da ciência oficial racionalista, pra quê entra numa página ufológica? Só pode ser masoquista.
Claro que não posso deixar de apontar as incongruências e anacronismos. Como discutir se Jesus era extraterreno. Uma teoria soviética superada. A estória de Jesus já está mais que dissecada, estudada e explicada. Não há mais tanto mistério. Se sabe que há uma impostura, um Jesus histórico que em nada se parece ao da tradição. As pessoas cultas sabem, como os templários sabiam. Só as multidões ignorantes e fanatizadas continuam crendo.
Portanto, quando esses canais falam sobre Nibiru chegando, que uns livros descobertos abalarão a Igreja, estão fazendo sensacionalismo. Abalará a Igreja coisa nenhuma! Os crentes não tomam conhecimento das descobertas. Não querem saber e têm raiva de quem sabe. E a Igreja continua e continuará na maior cara-de-pau. Quanta coisa comprovada e os crentes não debandaram.
Esses canais vez e outra passam do mítico ao místico, do realismo fantástico à fantasia realista. Chegam à infantilidade de discutir a existência de Deus! Se isso é inevitável, senão seriam como a ciência oficial, nova religião, ciosa do próprio prestígio, devem ao menos cultivar a coerência e fugir da puerilidade.
Há pouco José Luis fez uma palestra detalhando cada item da incongruência da viagem à Lua da Apolo 171. Depois fez um vídeo sobre um programa espacial secreto onde as superpotências estariam colonizando a Lua e Marte em segredo desde os anos 1960. O apresentador disse que acredita que seja verdade.
Mas se já estavam lá pra quê fazer aquela encenação trapalhona da viagem à Lua?
Afirmar que o homem nunca foi à Lua e depois dizer que dizer que todas as superpotências já estão lá e noutros astros há muito tempo, é contradição.
Apresentar dois conteúdos contraditórios é normal. Mas crer em ambos é incoerência.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016



Alphonse Daudet - José Luis Camacho (mundodesconocido.es)

André Valli (Visconde de Sabugosa) - Rody McDowall (ladrão de Bagdá)

Lionel Messi - Helmut Lotti

Lula lá - Lula Lelé

Agatha Christie

A gata Christie posando de pingüim de geladeira

Quem conhece a experiência dos ratos transgênicos transparentes? A gata Christie pensa que é transparente. deveria se chamar Cafuné. como gosta de cafuné! Quando banca a barra de tarefa, tudo bem. Fica bem rente ao pé da tela. Mas tem hora que resolve posar de pingüim de geladeira. E com expressão tão tristonha.
De vez em quando tenho de restaurar os sacos plásticos que abrigam os livros da biblioteca ou trocar por plástico mais grosso, pois onde tem vão a gata Christie usa como trampolim.
Hoje veio um casal de vacinadores da prefeitura. Desta vez a imobilizei com luva de raspa. O sujeito disse:
— Como é bravo!
Na vez anterior apareceram dois caras. Quando os viu esperneou, arranhando e mordendo. Na verdade de leve, por incrível que pareça. O bicho não é tão bruto. Tive de soltar, pois ficaram só olhando.
Mas comprei a luva de raspa mesmo foi pra brincar consigo. A gata Christie é muito sacana. Gosta de se esconder embaixo da cama e dar uma patada em meu calcanhar, e sair correndo em direção a um vão na estante, se escondendo atrás dos livros. Tenho de pôr a mão ali pra ser caçado. O bicho é tão inteligente que aprendeu sozinho a me caçar sem a unha. Mas tem vez que se empolga… Por isso comprei a luva de raspa.
Só gosta de beber água em torneira. Tenho de abrir um filete dágua pro bichinho beber naquele jeito desperdiçante e ineficiente de cães e gatos, que mais espalha que bebe.
Agora tem um amigo, um gato preto arisco que entra na maior cara-de-pau pra filar ração.
O bom é que parou de espalhar pena de passarinho na casa.

Coleção de cartão-postal de Joanco



quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Do acervo de Joanco
A curiosidade fica na última página, gorilha. Aqui no dicionário do word sublinhou em vermelho. Mas o dício do word só serve pra ajudar, porque é ruim demais. Gorilha é variante de gorila (Tanto é que em castelhano é gorilla), em desuso, em via de extinção. Com o tempo e com o instinto de manada as variantes vão sumindo.

Coleção de cartão-postal de Joanco

 
 
 

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Enviado por Márcio Rodrigues
Aventura espacial e curiosidade astronômica

Coleção de cartão-postal de Joanco


 

sábado, 6 de agosto de 2016

Suplemento-revista dominical de El espectador, Bogotá

Coleção de cartão-postal de Joanco

 





Crônica buenairense de Ramão
Ramão e Emiliana estiveram em Buenos Aires e Montevidéu, via Foz do Iguaçu, neste final de julho. Estarei lá em setembro. Vejamos as impressões de Ramão.
Disse que a situação lá não está boa. Aqui está muito melhor. A carne é sempre mal-passada, quase crua, sem sal nem outro tempero, que a fama do churrasco de lá é só propaganda mesmo. Que lá a comida é muito ruim.
Dar um desconto, pois Ramão é muito delicado e restrito com comida.
Mas disse que foi aos melhores restaurantes, os mais indicados do pacote.
Buenos Aires não tem problema com violência urbana. Se pode passear com tranqüilidade. Já Montevidéu, cidade muito menor, é bem pior quanto a assalto e golpe.
Quando chegaram a Montevidéu o ônibus ficou na rua. O pessoal foi avisado pra não deixar as coisas no ônibus mas sempre tem os sabichões. As vidraças foram quebradas na madrugada e roubaram algumas coisas.
Toda a baía do rio da Prata está muito poluída. Diz que não dá nem pra pôr o pé na água. Mas isso não é crime ambiental? Quando vaza petróleo ou tomba um camião de carga química o mundo inteiro faz um escarcéu… Mas os poderosos podem…
Em Buenos Aires táxi é muito barato. Diz que porque é a gás. Mas tem de pegar os que vão passando. Diz que os que estão parados no ponto são mafiosos.
O lojista argentino é muito grosseiro. Todo produto que tem na loja não se pode tocar, pois já vem o vendeiro vociferando No no no no! Preferem ficar sem cliente que ter cliente que toca nos produtos.
Espero que não seja assim nas livrarias. Como saber do quê se trata um livro?
Se está atendendo um cliente, nem olha ao lado. Os outros que chegam ainda não existem. Não adianta chamar, gesticular. És uma alma-penada vagando ali.
A situação está tão ruim que nos hotéis o desjejum é racionado. O café, torrada, suco, iogurte a vontade. Queijo, salame e croassã (meia-lua) dois pra cada pessoa.
Se sabe que o turista argentino de maior renda vai ao nordeste. Os de menor renda vão ao Brasil sul, pois é ali perto. Então o povo de lá se esbalda ao desjejum dos hotéis brasileiros, com aquela famosa mesa de quantidade e variedade, sem falar no famigerado esmorgasbor, que vem do sueco smörgåsbord, que pronuncia smêurgosbord, um café-da-manhã com 70 itens. Diz que os hoteleiros brasileiros procuram discretamente evitar que os hóspedes argentinos acessem o desjejum com sacolas, bolsas, porque tentam levar o possível.
Mas o pessoal é mais culto mesmo. Grosso mas culto. Os cinemas formam filas enormes. Todo mundo comportado.
É engraçado como cada país tem certas aficções específicas. O mexicano é fissurado em luta-livre. Até os super-heróis do cinema e do gibi são lutadores, como o Santo, que não é o Santo dos contos policiais de Leslie Charteris, mas um lutador mascarado sem-camisa, corpanzil, e outros similares. Na Venezuela o concurso de misse é paixão nacional, como o futebol no Brasil, tem até curso específico, não como no Brasil, onde a guria é bonita e leva jeito, se inscreve e pronto. No Chile o Teleton é acontecimento nacional.
Os guias turísticos são bem linha-dura. Se é pra passar tal hora, se o turista não estiver esperando fica a ver navio. Bom… Isso não é linhadurismo… Diz que, por exemplo, a guia explicando:
— Este rótulo é uma vinícola…
E a turistarada brasileira no maior bate-papo. Então um conversador pergunta:
— Da vinícola qual?
— Isso já expliquei!
E continua a ladainha.
Tá errada? Claro que não. Acabam ficando assim por causa de turista mal-educado. Brasileiro é muito folgado e reclamão. Ramão conta dessa e doutras viagens, colegas de pacote que se comportam como se tivessem 8 anos de idade.
E como desperdiçam. Uns só porque estão bem de vida. Por exemplo: Se tem vários tipos de lingüiça. Cada uma que pegar pagará. Pega uma de cada, só pra experimentar uma pontinha de cada, e deixa tudo no prato.